31 outubro 2011

27 outubro 2011

Reflexões sobre o Enem

Não são minhas estas reflexões, mas li este texto do Juremir Machado e achei muito pertinente. O texto original pode ser lido neste link.


Todo ano, na época do Enem, reflito sobre o vestibular. É o sistema mais cruel já aplicado por um país contra os seus jovens. Está baseado na falsa justiça da meritocracia. Um país sério estabelece o escore mínimo a ser alcançado por um estudante para entrar na universidade e banca vagas para todos os aprovados. Esse conhecimento mínimo é exigido em nome do bom acompanhamento das atividades universitárias. Já o vestibular cria uma competição entre os adolescentes, isenta o Estado de abrir vagas para todos e gera a ideia de que só os "melhores" devem chegar à universidade. O primeiro erro é pensar que os vencedores são, de fato, os melhores. Fazer a mesma prova no mesmo horário não estabelece igualdade na competição. As condições de preparação são profundamente desiguais. Salvo exceção, vence o que teve mais tempo e melhores condições de preparação. O vestibular reproduz a desigualdade social.

A segunda falácia do vestibular diz respeito à ideia de que só os melhores devem entrar na universidade. Por quê? É uma concepção elitista, discriminatória e oportunista. Permite a um extrato social manter a ocupação dos melhores espaços da sociedade. A universidade deve receber todo mundo e "melhorar" os menos bons ou os piores. Cada jovem deve ter o direito de ser "melhorado" nos bancos do ensino superior. Deve ser fácil entrar na universidade. Difícil tem de ser a saída. A justificativa para a utilização do vestibular sempre foi a de que não haveria recursos para bancar todo mundo na universidade. É conversa fiada. Por trás dessa racionalização esconde-se a mentalidade meritocrática de reprodução do modelo social dominante. Aos ricos, a universidade. Aos pobres, o ensino técnico. Salvo, obviamente, as exceções que confirmam as regras. O Brasil ficará muito mais decente quando o vestibular acabar.Volta e meia alguém deixa escapar seu elitismo com um "agora qualquer um entra na universidade" ou "o ensino superior já não é mais o mesmo, pois recebe todo mundo". É isso aí. A universidade precisa receber qualquer um. Exames de saída do ensino médio também são seletivos. Podem ser feitos por fileiras (científica, literária, ciências humanas). Para vencer em cada fileira é adequado fixar um rendimento mínimo em certas matérias. Todos que atingem a meta passam a ter direito a uma vaga. Claro que é mais fácil jogar os jovens numa luta fratricida e lavar as mãos. Chama-se isso de seleção dos melhores. O governo economiza e a sociedade atualiza o mecanismo, denunciado pelo sociólogo Pierre Bourdieu, da distinção social reproduzida pela educação classificatória. O Chile escolheu um modelo ainda mais perverso: a privatização total da educação. Só estuda quem pode pagar caro. É o mesmo que muitos desejam para a saúde. Um tiro no pé.O Enem precisa transformar-se no exame único de saída do antigo segundo grau e de entrada no mundo do ensino superior. As resistências são óbvias. É muito mais simples organizar tudo como se fosse um campeonato com troféus para quem faz mais gols. Só que é injusto. A época do vestibular passou. Já é tempo de um novo tempo.

20 outubro 2011

Câmara analisa projeto de lei que pune violência contra o professor




A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. 

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. 

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.  


Indisciplina

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.


O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Copiei o texto deste blog:
http://www.blogfalandofrancamente.com/2011/04/camara-analisa-projeto-de-lei-que-pune.html

16 outubro 2011

08 outubro 2011

Para pensar nosso tempo

Um ótimo vídeo para nos ajudar a pensar um pouco sobre o que acontece com a sociedade contemporânea. Vale a pena assistir: