28 dezembro 2011

Baixo salário dos professores

Triste....

O professor brasileiro de primário é um dos que mais sofre com os baixos salários.
É o que mostra pesquisa feita em 40 países pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgada ontem, em Genebra, na Suíça. A situação dos brasileiros só não é pior do que a dos professores do Peru e da Indonésia. 

Um brasileiro em início de carreira, segundo a pesquisa, recebe em média menos de US$ 5 mil por ano para dar aulas. Isso porque o valor foi calculado incluindo os professores da rede privada de ensino, que ganham bem mais do que os professores das escolas públicas. Além disso, o valor foi estipulado antes da recente desvalorização do real diante do dólar. Hoje, esse resultado seria ainda pior, pelo menos em relação à moeda americana. 

Na Alemanha, um professor com a mesma experiência de um brasileiro, ganha, em média, US$ 30 mil por ano, mais de seis vezes a renda no Brasil. No topo da carreira e após mais de 15 anos de ensino, um professor brasileiro pode chegar a ganhar US$ 10 mil por ano. Em Portugal, o salário anual chega a US$ 50 mil, equivalente aos salários pagos aos suíços. Na Coréia, os professores primários ganham seis vezes o que ganha um brasileiro.

Com os baixos salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro problema é que professores com alto nível de educação acabam deixando a profissão em busca de melhores salários.

O estudo mostra que, no País, apenas 21,6% dos professores primários têm diploma universitário, contra 94% no Chile. Nas Filipinas, todos os professores são obrigados a passar por uma universidade antes de dar aulas. 

A OIT e a Unesco dizem que o Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o que prejudica o ensino. Segundo o estudo, existem mais de 29 alunos por professor no Brasil, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a relação é de um para dez.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o salário médio do docente do ensino fundamental em início de carreira no Brasil é o terceiro mais baixo do mundo, no universo de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento. O salário anual médio de um professor na Indonésia é US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil. A Argentina, por sua vez, paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro. Por que há tanta diferença? 

Fonte: Jornal do Commercio, 07/07/2010

13 dezembro 2011

Ditadura Militar Brasileira

A ditadura foi uma das épocas mais tristes de nossa história. Não devemos nunca deixar de lembrar dos fatos que marcaram os anos de chumbo para que eles nunca mais voltem a acontecer, no site abaixo algumas informações importantes dispostas num site muito bem feito e que pode ser muito útil para as aulas de história.

http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/campanha/index.htm

29 novembro 2011

Mais Valia

Entender Marx é difícil?
Uma pequena história pode explicar um conceito muito importante de sua teoria, o conceito de Mais-Valia.

Mais-valia é o nome dado por Marx à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da exploração no sistema capitalista.


24 novembro 2011

ATLAS DIGITAL DA AMÉRICA LUSA - ferramentas digitais para estudo do Brasil Colonial

Atlas Digital com recursos dinâmicos e interativos, tendo a América Portuguesa, ou Brasil Colônia, como foco.

É uma proposta colaborativa, que reune pesquisadores de diversas instituições. A ferramenta base foi desenvolvida pelo Laboratório de Experimentação em História Social (LEHS), da Universidade de Brasília, usando tecnologia do Ministério do Meio Ambiente, o software I3GEO*. O LEHS/UnB também produziu os mapas base com informações de unidades urbanas e populacionais do período entre 1500 e 1800, além de outros bancos de dados de informação geográfica.

Sendo uma ferramenta colaborativa, no espírito da chamada web 2.0, no qual há ênfase pelo trabalho de equipe e troca livre de informações, o ATLAS DIGITAL DA AMÉRICA LUSA é um espaço de interação. Nele podem ser publicados dados georrerenciados de diversas pesquisas ou mesmo informações que possam passar pelo processo de georreferenciamento, a cargo do LEHS/UnB. A ideia é que diversos pesquisadores possam enviar informações de seus estudos e, ao mesmo tempo, usufruir deste grande banco de dados coletivo revisado, organizado e certificado, assim como da cartografia produzida.


http://atlas.cliomatica.com/

14 novembro 2011

09 novembro 2011

O sociólogo Emir Sader organizou uma lista com fontes alternativas de informação a partir da sugestão de leitores da Agência Carta Maior, tem boas dicas, vale a pena dar uma olhada. 


"Informar-nos melhor é condição de compreendermos melhor a realidade e podermos intervir de forma mais profunda e radical para a construção do outro mundo possível que buscamos”, diz Sader.


> http://www.fazendomedia.com
http://www.correiocidadania.com.br
http://www.sinpermiso.info
http://www.rebelion.org
http://www.telesurtv.net
http://www.resistir.info
http://www.reporterbrasil.org.br
http://www.diariogauche.zip.net
http://www.rsurgente.zip.net
http://www.adital.org.br
http://www.piratininga.org.br
http://www.imprensamarrom.com.br
http://www.franklinmartins.com.br
http://www.novae.inf.br
http://www.lainsignia.org
http://www.tie-brasil.org/noticias.php
http://www.zerofora.hpg.ig.com.br
http://www.herramienta.com.ar
http://www.afyl.org/articulos.html
http://www.ces.fe.uc.pt
http://www.cubadebate.cu
http://www.nef.org.br
http://www.redmarx.net
http://www.voltairenet.org/pt
http://www.granma.cu/portugues/index.html
http://www.ola.cse.ufsc.br
http://www.alfarrabio.org
http://www.chomsky.info
http://www.esquerda.net
http://www.abn.info.ve
http://www.anovademocracia.com.br
http://www.fpa.org.br
http://www.monthlyreview.org
http://www.marxists.org
http://www.espacoacademico.com.br
http://www.socialistworker.org
http://www.wsws.org/
http://www.mst.org.br/mst/revista.php?ed=32
http://www.mst.org.br/mst/jornal.php?ed=33
http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista
http://www.portside.org
http://www.abcdmaior.com.br
http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/
http://www.cecac.org.br
http://www.letraselutas.com.br
http://www.revistadobrasil.net
http://www.bahiadefato.com.br
http://www.novojornal.com
http://www.aporrea.org
http://www.rits.org.br
http://www.naperiferiadoimperio.blogspot.com
http://www.radiocom.org.br
http://www.horadopovo.com.br
http://www.expressaopopular.com.br
http://www.vermelho.org.br
http://www.diplo.com.br
http://www.blogdogadelha.blogspot.com
http://www.blogentrelinhas.blogspot.com

Sites para quem gosta de história

Alguns sites interessantes para quem quer aproveitar bem o que a internet tem a oferecer:

http://www.bl.uk/  - site da biblioteca de Londres, da para consultar muitas obras de forma interativa. O site é bastante dinâmico. Em inglês.
http://www.infancia80.com.br/  - não é exatamente um site de história, mas reporta a um período cultural especifico e pode ser bastante útil. Em português
http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/ -  mais ligado as artes, mas também tem algumas informações interessantes que podem seu úteis ao campo da história, principalmente a área sobre patrimônio histórico.
http://www.biography.com/ - como o nome já diz, site com biografias. Em Inglês
http://www.historyworld.net/ - site do governo britânico, oferece mais de 400 tópicos de pesquisa. Mas o melhor é sua apresentação, com capítulos interligados por regiões, épocas, ou pelas origens e influencias que os movimentos históricos entrelaçam
http://www.museudapessoa.com.br  -  narrativas simples, contando a história de pessoas comuns.
http://www.ccu.umich.mx/mmaya/ - site dedicado a história do povo maia. Em espanhol
http://www.solarviews.com/portug/history.htm - história da exploração do espaço, meio especifico, mas pode ser útil.
http://www.eternalegypt.org  - site com excelentes recursos tecnológicos sobre o Egito antigo. Em inglês, francês e árabe.
http://www.favelatemmemoria.com.br/default2.asp - site que mostra a trajetória da favela no Brasil, contem depoimentos, fotos e outras informações.
http://www.portfolium.com.br/ - maior acervo virtual com imagens sobre Canudos. Noticias em jornais da época e transcrição de documentos sobre o conflito.
http://www.itvs.org/beyondthefire/ - Quinze jovens cuja vida foi esfarrapada por sete guerras contemporâneas contam, nesse site, suas experiências de guerra. Em inglês
http://www.worldwar2history.info/ - site bem completo sobre a 2ª guerra mundial. Em inglês
http://www.yadvashem.org/ - site do Yad Vashem, também conhecido como museu do holocausto. Em inglês
http://www.arqueologiamericana.com.br/ - site dedicado a América pré-colombiana
http://www.palmares.gov.br/ - site do governo dedicado a cultura e negra. Possui estudos de memória, pesquisas e outras informações.
http://www.authentichistory.com/ - a cultura popular e política dos EUA desde a década de 20 até os atentados de 11 de setembro estão neste site. Em Inglês
http://www.todotango.com/ - história dos principais músicos, entrevistas, partituras, letras e reprodução de tangos clássicos. Em inglês ou espanhol
http://ims.uol.com.br/ims/ - site do Instituto Moreira Sales. Possui um ótimo acervo, com fotografias, musicas e textos
http://chnm.gmu.edu/revolution/ - site sobre Revolução Francesa, com muitas imagens e textos. Em inglês
http://www.thebanmappingproject.com/ - este site tem muitas informações sobre a região de Tebas, uma das capitais do antigo Egito, possui artigos sobre escavações e mapas dos sítios arqueológicos. Em inglês
http://www1.stfrancis.edu/content/historyinthemovies/ - site que analisa o que tem de real nos filmes de Hollywood. Em inglês
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/sons/vozoteca - A Vídeo Vozoteca LEK é um acervo de vozes que relatam episódios importantes da história brasileira e mundial.
http://www.worldofthevikings.com/ - site contendo diversos links para quem se interessa em saber mais sobre os vikings. Em inglês
http://www.napoleon.org/en/home.asp - site contendo muitas informações sobre Napoleão Bonaparte e sua era.
http://www.memoriaviva.digi.com.br/ - site com vasto conteúdo sobre memória brasileira. Acervo muito bom sobre a revista O Cruzeiro
http://www.retrofuture.com/ - site que mostra como imaginávamos o futuro no passado. Em inglês
http://www.sentandoapua.com.br/joomla/ - site com diversas informações sobre a campanha da força aérea brasileira na Itália durante a 2ª Guerra Mundial.

31 outubro 2011

27 outubro 2011

Reflexões sobre o Enem

Não são minhas estas reflexões, mas li este texto do Juremir Machado e achei muito pertinente. O texto original pode ser lido neste link.


Todo ano, na época do Enem, reflito sobre o vestibular. É o sistema mais cruel já aplicado por um país contra os seus jovens. Está baseado na falsa justiça da meritocracia. Um país sério estabelece o escore mínimo a ser alcançado por um estudante para entrar na universidade e banca vagas para todos os aprovados. Esse conhecimento mínimo é exigido em nome do bom acompanhamento das atividades universitárias. Já o vestibular cria uma competição entre os adolescentes, isenta o Estado de abrir vagas para todos e gera a ideia de que só os "melhores" devem chegar à universidade. O primeiro erro é pensar que os vencedores são, de fato, os melhores. Fazer a mesma prova no mesmo horário não estabelece igualdade na competição. As condições de preparação são profundamente desiguais. Salvo exceção, vence o que teve mais tempo e melhores condições de preparação. O vestibular reproduz a desigualdade social.

A segunda falácia do vestibular diz respeito à ideia de que só os melhores devem entrar na universidade. Por quê? É uma concepção elitista, discriminatória e oportunista. Permite a um extrato social manter a ocupação dos melhores espaços da sociedade. A universidade deve receber todo mundo e "melhorar" os menos bons ou os piores. Cada jovem deve ter o direito de ser "melhorado" nos bancos do ensino superior. Deve ser fácil entrar na universidade. Difícil tem de ser a saída. A justificativa para a utilização do vestibular sempre foi a de que não haveria recursos para bancar todo mundo na universidade. É conversa fiada. Por trás dessa racionalização esconde-se a mentalidade meritocrática de reprodução do modelo social dominante. Aos ricos, a universidade. Aos pobres, o ensino técnico. Salvo, obviamente, as exceções que confirmam as regras. O Brasil ficará muito mais decente quando o vestibular acabar.Volta e meia alguém deixa escapar seu elitismo com um "agora qualquer um entra na universidade" ou "o ensino superior já não é mais o mesmo, pois recebe todo mundo". É isso aí. A universidade precisa receber qualquer um. Exames de saída do ensino médio também são seletivos. Podem ser feitos por fileiras (científica, literária, ciências humanas). Para vencer em cada fileira é adequado fixar um rendimento mínimo em certas matérias. Todos que atingem a meta passam a ter direito a uma vaga. Claro que é mais fácil jogar os jovens numa luta fratricida e lavar as mãos. Chama-se isso de seleção dos melhores. O governo economiza e a sociedade atualiza o mecanismo, denunciado pelo sociólogo Pierre Bourdieu, da distinção social reproduzida pela educação classificatória. O Chile escolheu um modelo ainda mais perverso: a privatização total da educação. Só estuda quem pode pagar caro. É o mesmo que muitos desejam para a saúde. Um tiro no pé.O Enem precisa transformar-se no exame único de saída do antigo segundo grau e de entrada no mundo do ensino superior. As resistências são óbvias. É muito mais simples organizar tudo como se fosse um campeonato com troféus para quem faz mais gols. Só que é injusto. A época do vestibular passou. Já é tempo de um novo tempo.

20 outubro 2011

Câmara analisa projeto de lei que pune violência contra o professor




A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. 

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. 

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.  


Indisciplina

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.


O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Copiei o texto deste blog:
http://www.blogfalandofrancamente.com/2011/04/camara-analisa-projeto-de-lei-que-pune.html

16 outubro 2011

08 outubro 2011

Para pensar nosso tempo

Um ótimo vídeo para nos ajudar a pensar um pouco sobre o que acontece com a sociedade contemporânea. Vale a pena assistir:

21 setembro 2011

Deputados devem apresentar proposta que flexibiliza currículo do ensino médio .


A educação é um campo de disputas, disputas de interesses sociais, econômicos e políticos. Cada dia que passa assistimos a uma discussão nova sobre mudanças e novas propostas para o ensino, será que estamos indo para o lado certo? Será que o ideal é preparar as pessoas para o mercado de trabalho ou devemos nos preocupar em preparar pessoas aptas a viver em sociedade  tendo uma consciência crítica e humanista? Será que esta discussão deve partir de políticos e formadores de opinião ou deve partir dos educadores? 
São questões importante para a reflexão, entendo que o educador não deva aceitar tudo como um mero "proletário da educação" e deva ser um agente dentro do seu campo de trabalho. Concorde, discorde, mas se posicione.
Veja abaixo a matéria que discorre sobre a proposta de flexibilização do ensino médio:
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/202586-DEPUTADOS-DEVEM-APRESENTAR-PROPOSTA-QUE-FLEXIBILIZA-CURRICULO-DO-ENSINO-MEDIO.html

O projeto, segundo Gastão Vieira, também deve permitir que estudantes de cursos superiores deem aulas em escolas de nível médio em regime de contratação temporária.
O presidente da comissão especial destinada a analisar a proposta do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), afirmou que um grupo de deputados está elaborando um projeto de lei sobre o ensino médio. O objetivo, segundo ele, é flexibilizar regras para que alunos do ensino superior possam dar aulas em escolas, além de reduzir o currículo obrigatório e garantir espaço para a ampliação da oferta do ensino profissionalizante.
A ideia, de acordo com Vieira, é permitir que alunos do último ano do ensino superior possam dar aulas em classes de ensino médio. Atualmente, uma pessoa interessada em iniciar a carreira docente deve, em regra, concluir um curso de licenciatura. Pela proposta, os estudantes de faculdades teriam a opção de dar aulas remuneradas em regime de contratação temporária. “Esse discurso de que não tem professor de química, física, matemática é antigo e ninguém resolve. Talvez porque estejamos sendo rígidos demais nas exigências para esses docentes”, disse o parlamentar.
O deputado acredita que a oferta de trabalho temporário deve atrair muitos alunos: “Imagine um estudante de medicina, que tem um gasto grande com livros e materiais didáticos e que não ganha bolsa de estudos. É claro que ele vai querer dar aula de biologia, por exemplo. Depois, se quiser continuar sua carreira, o fará normalmente”.
Mudanças curriculares
Outra medida, de acordo com o presidente da comissão do PNE, seria permitir que os conselhos estaduais de educação definissem os currículos obrigatórios do ensino médio em suas regiões. Hoje, de acordo com o deputado, essa é uma responsabilidade do Conselho Nacional de Educação. Para Vieira, o texto deve permitir que as aulas sejam adequadas à realidade dos alunos e integradas ao ensino profissionalizante, de acordo com suas demandas.
O executivo-adjunto de estudos e pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Márcio Guerra concordou com a proposta. Segundo ele, diversos setores da indústria têm dificuldades para contratar profissionais de nível técnico. “Nos últimos anos, houve avanço na escolaridade dentro da indústria. No entanto, a média de estudos corresponde ainda a cerca de oito anos, ou seja, menos que o ensino fundamental completo. A qualificação técnica desses profissionais é de grande valia para o desenvolvimento da indústria e, consequentemente, do País”, afirmou.
Guerra acredita que a diminuição no número de disciplinas obrigatórias deva, em última instância, melhorar a qualidade do ensino no Brasil. “Se você tem uma pluralidade muito grande de matérias, acaba dedicando menos tempo para aquilo que é primordial. É preciso ter um olhar pragmático que encurte mais o currículo, mas que dê profundidade para o estudo daquilo que realmente é importante”, argumentou.
 Segundo Gastão Vieira, ainda não há data prevista para a apresentação da proposta. Ele adiantou, contudo, que o projeto só deverá ser concluído após a análise do Plano Nacional de Educação, prevista para novembro deste ano.
A declaração foi feita durante seminário realizado pela comissão do Plano Nacional de Educação a pedido do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). No encontro, Marinho também defendeu a adequação do ensino às necessidades dos alunos: “O ensino médio no País é uma zona cinzenta. O Brasil tem de ter uma perspectiva real do que quer dessa etapa. Devemos preparar nossa juventude ou para o mercado de trabalho ou para a universidade, de acordo com cada interesse”.
Nova lei desnecessária
A diretora da empresa de consultoria em educação Escola Brasileira de Professores (Ebrap), Guiomar Namo de Mello, contudo, não acha que seja necessária uma nova lei para flexibilizar o currículo do ensino médio no País. Segundo ela, a legislação atual não define matérias obrigatórias, apenas 21 componentes curriculares obrigatórios que podem ser ensinados em conjunto. “É possível, por exemplo, oferecer conteúdos de sociologia com história, geografia com filosofia. Não são necessárias disciplinas específicas para cada componente”, explicou.
De acordo com a especialista, as normas em vigor já permitem que os gestores adaptem o currículo do ensino médio às reais necessidades dos alunos e, assim, garantam a articulação da formação básica com a profissional. “O que falta não é uma nova lei, mas compreensão e competência técnica para implementar e vontade política para colocar o dinheiro na educação. A lei hoje simplesmente estabelece blocos de ensino, mas a execução desse quebra-cabeças está a cargo do diretor da escola, do secretário de educação, ou seja, dos gestores”, sustentou.

29 agosto 2011

Para pensar os conflitos na Inglaterra

Muito do que se escuta na mídia sobre a onda de conflitos que se instaurou na Inglaterra dão conta de ações de vandalismo e desordem generalizada. Poucos noticiários se propõe a discutir de forma séria as razões que motivam este tipo de acontecimento, tratando o assunto de forma rasa, sem investigar a fundo as razões que levam a isso.
O exercício de investigar o passado nos ajuda, muitas vezes, a ter uma leitura mais crítica do presente e nos possibilita ver além do superficialismo que muitas vezes a mídia comum nos impõe. Veja o vídeo abaixo, a fala do senhor que aparece na entrevista é muito interessante. Demonstra que muito mais do que uma ação de vândalos, as ações realizadas na Inglaterra nos últimos dias tem uma forte conotação política e social.

24 agosto 2011

Biblioteca Digital Mundial - WDL

Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org a Biblioteca Digital Mundial.

Este site reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.

Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou em LA NACION, Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhole português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas".

Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto Darani, um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos aztecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar:

Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS. A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas,fotografias e ilustrações.

23 agosto 2011

Blog com filmes interessantes

Recebi a indicação de um blog para download de filmes com conteúdo politico e histórico, explorei brevemente o blog e realmente pareceu ser uma ótima opção.
Acho muito bacana que existam iniciativas como esta, este tipo de filme é raramente encontrado em locadoras e muito difíceis de encontrar, mesmo na internet. São ótimas opções para trabalhar em sala de aula ou até mesmo para uma seção de "filmes cabeça".

Aproveitem a dica:

http://filmespoliticos.blogspot.com/

obs.: coloquei o link deste blog no Blogroll ao lado também.

11 agosto 2011

Estamira

Repassando um texto que recebi, vale a pena conhecer um pouco desta história de vida, conhecer um pouco do que se esconde dos olhos da classe média, dos programas de TV, das propagandas bonitas.....



(Para quem não viu o filme vale ver-- se não viu: Estamira)
ESTAMIRA, PRESENTE!

Curitiba - 28/07/11

Ontem a tarde (27 de julho de 2011) Estamira Gomes de Souza, mulher negra da classe trabalhadora, catadora de lixo no Aterro do Gramacho (Rio de Janeiro) nasceu ao contrário. Tinha 72 anos e morreu cansada, mal cuidada e principalmente: não ouvida (paradoxalmente tão escutada no mundo inteiro). A protagonista do filme que leva seu nome, dirigido por Marcos Prado e lançado em 2004 agonizou por horas no Hospital Miguel Couto, na Gávea, desassistida pelo SUS e incapaz – como a imensa maioria dos trabalhadores – de comprar sua assistência em um hospital particular.
Os trocadilos apontam que a razão de sua morte se chama 'septicemia', uma infecção generalizada. Poderiam dizer que por ter transtornos mentais, Estamira deveria ter sido assistida em um asilo, ou um hospital/hospício psiquiátrico para que de lá não saísse e morresse em paz, longe do lixo, das moscas, longe da família, longe daquele mar que lhe era tão importante. Do outro lado, os que acreditam cegamente nos governos, acreditam que a construção da rede de atenção psicossocial substitutiva à lógica manicomial está consolidada, amplificada e atuante. Não desconsideramos os avanços da instalação da rede, determinada pela lei 10216/2001. Mas, como Estamira nos alertou: existe esperteza ao contrário, não inocência.
De toda forma, Estamira passou sua vida em pé, trabalhando, replicando sua existência dentro dum lixão, desatenta aos levantes manicomiais de empresários-da-saúde-mental que discorrem trocadilos sobre técnicas arcaicas repaginadas, assistência integral, novos medicamentos, cuspindo cifras.. Alheia aos professores de Psicologia que passam o filme nas aulas e todos saem das salas com mal estar, surpresos, com pena. No ano que vem, uma nova turma assistirá sua história. Tudo bem: esta arte nos permite a distância, a contemplação, o não envolver-se e o não implicar-se.
Escutamos Estamira e observamos mais uma que sofre numa massa de trabalhadores negros, homens e mulheres que apodrecem todos os dias. Estamira é apenas mais uma entre os milhares de loucos da classe trabalhadora que já não valem mais nada ao sistema do capital e que por isto – e só por isto – são jogados no lixo para se confundirem ao inútil e ao descuido nos aterros e favelas do país.
O cinismo deste sistema traveste seu discurso delirante, denunciativo, agressivo e violento em “poesia”, “uma forma atípica de expressão”, “obra de arte”. Esta forma de arte não nos importa. Não queremos lembrar de Estamira apenas quando seu filme recebe mais um prêmio internacional. Acreditamos que não basta lamentar sua morte em cento e quarenta caracteres, num pio. Reivindicamos a vida e obra produzida ao longo dos dias de vida de Estamira. Com todos os seus direitos humanos negados, todos os serviços de saúde de má qualidade, sua péssima condição de moradia, seu trabalho precarizado, a educação negada. Seus e de todos os trabalhadores.
Não nos interessa a mera constatação de que algo vai errado. Interessa a luta pela efetividade da atenção à saúde mental no Brasil. Interessa a consolidação de equipes multidisplinares, a efetivação da Reforma Psiquiátrica, a redução de danos, a porta aberta nos equipamentos, a defesa intransigente de uma vida digna e sem desigualdade social para todos os trabalhadores. Lutando, honramos Estamira e todos os seus irmãos e companheiros desconhecidos, que nunca estrelarão um filme mas que também querem visitar o mar.
Estamira! Mulher negra, resistente, trabalhadora!
Presente!


César Fernandes, psicólogo militante da luta contra os manicômios e pela construção do socialismo.



09 agosto 2011

II Encontro de Cultura Popular e Teatro



Do dia 10 ao dia 13 de agosto Guaíba vai ser palco de uma série de atividades culturais, trata-se do II Encontro de Cultura Popular e Teatro, um evento muito rico e diversificado que reúne diversos artistas gaúchos em uma série de apresentações e oficinas para os mais diversos públicos.
Confira a programação abaixo.
Para mais informações acesse: www.sementesolidaria.com.br


02 junho 2011

Art Project - Museus Virtuais

O Google ta com uma novidade muito bacana, um portal onde da para fazer uma visita virtual por vários museus  do mundo.
Ainda não tem nenhum museu do Brasil disponível, mas vale muito a pena dar uma olhada.

http://www.googleartproject.com/?utm_source=Google&utm_medium=HPP&utm_campaign=artproject

25 maio 2011

Um bom texto do Juremir Machado

A distinção de Classes encontra-se em todos os lugares?
Acho que este texto do Juremir Machado nos ajuda a pensar um pouco sobre isso:

A gramática acabou?
Adoro uma história contada por um palomense.
Um velho cínico diz a um jovem cheio de boas intenções:
"Se Deus não existe, tudo está perdido".
"Por quê?", limita-se a balbuciar o jovem.
"Por que tudo se torna permitido".
"Então é melhor que Deus exista?"
"Sem dúvida", responde o velho.
O jovem concorda.
"Agora, entre nós", sussurra o velho, o que tu achas: "Deus existe?"
*
O velho cínico encontra novamente o jovem e diz:
"Os homens classificam-se em homens que leram Foucault, Borges e um sábio chinês; homens que acabam de pisar num cocô de cachorro, que já levaram chifres, que sentem vergonha de andar na rua com uma orquídea nas mãos; que amam futebol, que odeiam política e que sabem para que serve o pronome oblíquo átono..."
– Para que serve o pronome oblíquo átono?" – pergunta o jovem deslumbrado.
– Para classificar os homens.
– Só isso?
– E para questões de concursos para servir cafezinho nos tribunais de justiça?
– Mas isso é ainda classificar os homens.
– É o que acabo de dizer.
– O senhor acaba de dizer que a gramática é um sistema de hierarquia social, de separação e classificação dos homens?
– Um modo de distinção.
– Mas não tem uma racionalidade interna nas regras gramaticais?
– Tem. Mas o padrão culto tem tanta racionalidade quanto o popular. Dizer "os livros" ou "os livro" é igualmente eficaz e inteligente.
– Então por que um sistema, o culto, é ensinado nas escolas e o outro não?
– Por que as pessoas pensam que o primeiro é melhor.
– E não é?
– É equivalente.
– Por que elas pensam que é melhor?
– Por que não sabem que não é melhor.
– Então elas são ignorantes?
– São.
– Por que elas acham que o padrão culto é melhor?
– Porque acreditam que o seu uso dá mais expressividade, eficiência e clareza à língua.
– E não dá?
– Não necessariamente.
– Então o padrão culto é apenas o padrão da tal classe dominante?
– Exatamente. É um padrão surgido num momento histórico, validado como tal e e assim repetido. Quem não o usa, sofre preconceito. Ele é o melhor por ser ensinado como o melhor, o que o torna sempre o melhor.
– Mas, mestre, se dois modos são equivalentes, mas um deles é considerado melhor, gerando preconceito para quem usa o outro, ensinar o considerado melhor não significa reproduzir e reforçar o preconceito?
– É um modo de ver.
– Quer dizer que o ensino da gramática reproduz o preconceito e a ignorância da elite, que pensa adotar a melhor variação da língua, mas apenas está adotando aquela que a distingue de outros?
– É um modo de ver.
– Mas, mestre, quando há um preconceito, seja qual for, não se deve lutar contra ele?
– Ou se adaptar a ele.
– O senhor está dizendo que os linguistas, com essa história de língua de prestígio, aquela que permite a ascensão social, estão sendo conformistas, como um estrategista cínico que diz a um homossexual para se comportar como heterossexual num determinado meio ou será discriminado e não conseguirá o emprego desejado?
– Quem sabe...
– Quer dizer que a escola fica enfiando regras arbitrárias na cabeça da gente durante anos somente para que possamos corresponder ao credo ilusório da classe dominante de que a sua maneira de falar é a melhor?
– É o que eu chamo de pragmática linguística.
– E eu de pragmática social.
– As regras são boas, jovem, porque quem pode dizer que elas são boas, o mais forte, assim o faz.
– Mas o faz por não saber que elas não são melhores do que outras.
– Pode ser. Mas sem dominar tais regras, jovem, o sujeito não alcança os seus objetivos.
– Então, mestre, é só uma questão de vaidade, de poder, de dominação e de adaptação para se dar bem?
– E de classificação de homens.
– Não se deveria, mestre, ter a coragem de ir às últimas consequências e defender o fim dessa distinção e desse preconceito? Numa sociedade sem esse preconceito, mestre, não se precisará estudar gramática?
– É importante que as crianças estudem gramática, jovem.
– Por quê?
– Para que se mantenham ocupadas.
– É uma visão funcionalista, mestre.
– Uma visão realista.
– Eu pensava que as regras gramaticais eram...
– Naturais? Criadas por Deus? Uma descoberta dos cientistas como quem descobre a lei da gravidade?
– Não, o resultado de uma, vamos dizer, "seleção natural", o resultado de uma competição ao longo do tempo entre as melhores fórmulas construídas pelos homens e capazes de assegurar mais clareza e eficiência à língua.
– E é assim. Mas algumas regras, nessa permanente competição, embora ultrapassadas por outras melhores, são mantidas como se fossem superiores por apego dos seus usuários. É quando se transformam em regras de distinção. Já perderam a validade distintiva, mas persistem como vestígios de classe.
– A lei da precedência ou da origem.
– Isso mesmo. A regra que diz isto é correto porque era assim antes.
– Então pode ser "a nível de" e "em nível de".
– Por que não?
– Menos e menas?
– Não. Ainda. Alguma ordem precisa ser imposta.
– Se Deus não existe, mestre, tudo é permitido...
– É o que eu digo.
– Mas ele existe?
Postado por Juremir Machado da Silva - 24/05/2011 20:17 - Atualizado em 25/05/2011 10:49

26 abril 2011

Filmes para o seminário do módulo III

Aos leitores deste blog uma informação, a lista de filmes a seguir é para uma atividade dos alunos do curso Gestão do Cuidado para uma Escola que Protege. Resolvi disponibilizar esta lista neste espaço pois são filmes muito interessantes e que podem ser uteis mesmo para quem não esta no curso.

Trailers abaixo:

Entre os Muros da Escola



Minha Vida em Cor de Rosa



A voz do Coração



Escritores da Liberdade



Adorável Professor



Café da manhã com Scott



O sorriso de Monalisa



A outra história americana



O Inferno de São Judas



O contador de Histórias

12 abril 2011

Uma Cidade Sem Passado (The Nasty Girl)


Elenco: Lena Stolze, Monika Baumgartner, Michael Gahr
Direção: Michael Verhoeven
Gênero: Drama
País: Alemanha
Ano: 1990

Sinopse: Na década de 70, Sonja, uma jovem estudante, inscreve-se no concurso: "Minha Cidade Durante o Terceiro Reich". Porém não são todos que querem colaborar para que ela tenha acesso aos antigos arquivos da cidade. E agora, mais do que nunca, Sonja quer descobrir a verdade sobre os que viveram sob o regime da época. Um filme politíco, que toca na velha ferida do nazismo. Baseado em fatos reais, o filme ganhou vários prêmios e chegou a ser indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro.